Há festa na aldeia.

26/08/09










Dia 23 de Agosto de 2009; Montelo, Fátima.

21/08/09



Estávamos ambos deitados, na escuridão da noite. A tua mão segurava a minha mão: uma sensação quente na noite gelada que estava. Se não fosse para ver as estrelas (e se não fosse por estares ao meu lado) não teria suportado a brisa gelada que soprava e não me tinha estendido de bom grado na relva fria e molhada. Mas as estrelas viam-se tão bem! Oh, sim, via-se cada uma delas.
Contei-as vezes sem conta. Fiz desenhos e padrões com elas. Imaginei o que estarias a pensar.
Estava tudo silencioso. Não se ouvia nada, excepto o canto dos grilos.
Foi por isso que me sobressaltei quando falaste (por isso e porque, por algum motivo estúpido, o som da tua voz sempre me fez acelerar o coração).
- Fecha os olhos.
- Porquê?

Não me respondeste, como sempre. Esperaste que eu os fechasse.
- O que vês?
A tua cara. A sombra da tua cara, fundida na escuridão. Sempre presente, sempre constante.
- Nada. Estou de olhos fechados, claro que vejo tudo escuro!
A minha voz soou-me demasiado nervosa. Se havia algo que não podias saber era que eu estava de tal forma embrenhada em ti que te via sempre, mesmo quando fechava os olhos.
Fez-se silêncio de novo.
Passado um bocado, que me parece agora demasiado longo, voltaste a interromper o silêncio, pela última vez naquela noite.

- Eu ... Eu vejo-te a ti. Sempre. Vejo-te sempre a ti.

16/08/09



As horas nunca são horas, quando me sento a esperar por ti. São eras que se repetem, são eternidades que se sucedem. E são muitos pensamentos confusos: uns cheios de luz, outros negros de pessimismo; mas sobretudo pensamentos embebidos em medo. Medo que nunca chegues a chegar.

12/08/09




"Hold my hand harder
Ease my mind
Roll down the smokescreen
And open the sky.

(...)

I'm not looking for sweet talk
I'm looking for time,
Time for towering sweet folk.

All because it hurts sometimes,
You know it's going to bleed sometimes."

(Sweet talk, The Killers)

03/08/09


Risos. Palavras simples e felizes.
Brincadeiras inocentes.
Sonhos, promessas, desilusões.
Risos, de novo.
Esperança, sempre.